DÔRA MONNERAT
Que lindo! A amizade é assim, surpreendente! Ela surge em corações semelhantes ou distintos, acontece suavemente, crescendo com o convívio, porém, às vezes, motivada por algum momento bom, especial ou em um momento difícil...
Ela se fortalece com os mimos e afetos, com a atenção e respeito e, principalmente, com o AMOR que cultivamos a cada instante. A amizade tem todas as cores e se apresenta sem distinção de raça. A amizade é de graça e espontânea...
A amizade é querer encontrar, estar para um papinho e dar boas risadas, mas, antes de tudo, é saber que os amigos estão sempre prontos a escutar.
Obrigada, amigos!
Agora, é a vez da Maria contar uma história. Ela tem 8 anos e está cursando o 3° ano. Gosta de ler e de ouvir histórias, e diverte-se muito ouvindo as histórias da infância da vovó Dôra.
Hoje é o Dia da Árvore.🌳🌳 Para celebrar a data, divido com vocês uma história pela qual tenho muito carinho: "Folhinha". 🌿🌿
Este foi um dos primeiros livros que escrevi e publiquei. Na história, a personagem principal é a folha de uma árvore, que deseja conhecer o mundo! 😊😊
Quer saber mais sobre essa história? Entre em contato e adquira "Folhinha"!
Esta é a Clara (6), minha neta que está cursando o 1º Ano. Ela é uma menina muito meiga e adora contar as historinhas que cria. Hoje, é a vez da história " A menina que foi brincar na chuva". Vamos ouvir?
Na família, a paixão por contar histórias começa cedo. Aqui, meu neto João, de 3 anos, nos diverte com sua história da "vaquinha e da gilafa", como ele mesmo diz!
Com o que será que a Maria está sonhando? Tomara que seja com a história da Flora, uma sapinha diferente, livro que a prima Elena e a vovó Dôra escreveram!
Crédito da foto: @saviocariellophoto
Vamos começar a semana com história? Vamos, sim! A Laura é minha neta e tem 5 anos. Ela ainda está aprendendo a ler e a escrever, mas já produz seus livrinhos com suas histórias encantadoras! Neste vídeo, o livro que ela lê se chama "A bailarina e o gatinho"!
João, meu neto de 3 anos, ainda não sabe ler, mas explora os livros como se já entendesse cada letra escrita neles. Aqui, ele foi pego "no flagra" se divertindo entre uma página e outra!
A Manuela, minha neta de 7 anos, gosta muito de desenhar. Agora, em tempos de pandemia, na casa da vovó, ela não perde tempo: pega lápis e papel e vai desenhar.
Não sei de onde sai inspiração para tantos desenhos (talvez, brote um pouco da saudade que sente dos pais, já que ela e o irmão estão comigo e com o avô, por conta da pandemia), o fato é que a criatividade da Manu não tem limites!
Cada desenho tem uma história e ela gosta de compartilhar, por isso, trouxe alguns desses desenhos para dividir com vocês!
A pandemia nos trouxe a reclusão e, para muitos, a solidão, porém, para mim, ela trouxe o agito, com a casa cheia de alegria e trabalho também! Tenho 10 netos e dois deles estão comigo desde que tudo começou. Estou tendo que participar da educação deles, com o distanciamento dos pais, que são da área da saúde e têm que trabalhar.
Brincar, ensinar a manipular fantoches e montar um teatrinho, contar e ler histórias, mas também ouvi-los contar. Ver banho, lanche, orientações diárias que seriam dos pais, assim como impedir, mostrando a eles atitudes inconvenientes que, vez ou outra, acontecem.
Mas o que está sendo um desafio é o acompanhamento escolar, com aulas online e deveres escolares. Já havia esquecido muitas coisas e percebo também algumas mudanças na forma de expor e explicar os conteúdos. Estou achando muito interessante. Difícil é conciliar isso com os afazeres diários da casa que também têm que ser executados. Mas vamos nos ajeitando.
Depois de educar quatro filhos, estou tendo a oportunidade de reaprender a educar. É mais difícil por serem netos (7 e 10 anos) e também mais cansativo, pois já sou avó e já não tenho a energia que tinha há 30 anos. Mas estou feliz e agradecida a Deus, a meu filho e a minha nora pela confiança.
Fazer de um momento difícil um momento de boas lembranças. Acho que é o que ficará na memória dos meus pequeninos.
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Abaixo, um vídeo de minha neta, Manuela, fazendo uma experiência de Ciências, durante nossos momentos de estudo. Clique na imagem para assistir!
Ao receber uma foto minha, dois dias depois do meu aniversário, que foi quase solitário (sem a presença física de pessoas queridas, mas com a presença virtual delas, me enviando todo amor e carinho) e perceber o tanto de aniversário que já fiz, resolvi dar um mergulho “nesse tempo” e selecionar essas fotos.
Muitas lembranças vieram e um festival de sentimentos estiveram em mim... Foi maravilhoso relembrar esse tempo e sei que em qualquer momento escreverei algo sobre esta “linha do tempo”... Muitos fatos e sonhos passaram em minha mente...
Amo fazer aniversário! Gosto muito da data em que nasci e pretendo fazer muitos aniversários ainda. Tenho muitos projetos em mente e desejo realizá-los.
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As fotos são, respectivamente, das seguintes idades: 7, 16, 34 e 70 anos.
Dôra Monnerat, 8 de maio de 2020
O mês de maio provoca em mim certa ansiedade, talvez, saudosismo... Mês de muitas recordações... Maio faz-me lembrar de quando meus filhos, pequenos, aprendiam a ler e escrever e faziam seus próprios cartões, ilustrados com lindos desenhos e com os dizeres: “MÃE, EU TE AMO!”; “Você é a melhor Mãe do mundo!”. Essas frases vinham cravejadas de corações de todos os tamanhos. Alguns com letras que nem davam para entender, pois a caçulinha se expressava muito bem com seus desenhos e ainda não sabia ler nem escrever...
Pauso aqui para visualizar, não só aquele dia, mas aqueles rostinhos de anjos, quatro anjinhos com seus olhos brilhantes de amor e alegria, cheios de ansiedade e expectativa do que os seus presentes me causariam. Quero ver mais lembranças!... Meus olhos cheios de lágrimas contidas. Quero, preciso lembrar mais, quero ver aqueles rostinhos, quero ouvir aquelas vozes que ecoavam pela casa gritando: “Mamãe, onde você está?!” Mal eu respondia e eles chegavam a mim, meus filhos amados, crianças adoráveis com suas brincadeiras, seus rostos suados, o abraço apertado e um beijo, às vezes, melado.
Nossa, quanta saudade! Da lembrança de vê-los, todos em seus quartos dormindo. Eu passava por cada cama conferindo se estavam bem... Que saudade! Onde estão minhas crianças?! As festinhas na escola, os aniversários simples, para os amigos mais chegados que os faziam felizes. Era uma vida simples, mas éramos ricos de amor. Onde estão minhas crianças?! Voltam as lágrimas insistentes por causa da saudade-dor.
É, é a vida... Naquele tempo, eu não sabia que sentiria isso nem mesmo como seria. Vivia os momentos, curtia tudo, até mesmo os mais difíceis, de birra, teimosia, de raiva, mas isso foi tão passageiro, que nem deu tempo de gravar. A primeira comunhão, a vida escolar, as festinhas, as músicas enfeitavam de alegria as tardes dançantes em minha casa ou na casa de um coleguinha. Todos vestiam-se com cuidado e capricho: minhas meninas levavam bolsinhas e os meus meninos iam de gravata. Lembro de uma gravatinha borboleta de xadrez vermelha que me emocionava quando eles usavam. Eu não sentia o tempo correndo, hoje, vejo que passou...
Outros maravilhosos momentos surgiram, porém, nenhum melhor do que aqueles. As conversas e as histórias nos fins de semana, com os quatro empoleirados na minha cama, as risadas, o aconchego... Ah! E as falas como: “Mamãe, você sabe tanta coisa!”; “Mamãe, como é bom dormir agarradinha com você!”; “Mãe, você faz a melhor pipoca do Universo!”; “Mãe, eu adoro quando você me cobre com edredom e prende ele debaixo de mim que nem pacotinho.”; “Lê pra mim, mamãe?!”; Não estou conseguindo fazer uma questão! “Me ajuda, mãezinha?” E nas redações: “E aí, mamãe, o que escrevo agora?!”
A Saudade-dor se instala. Não consigo ver os detalhes. Quero, preciso ver!
Preciso lembrar daqueles tempos felizes, cheios de vida. Dos jogos e das brincadeiras. Ah! E a nossa “Cia de Teatro de Bonecos”?! Lembro das pesquisas sentados no tapete em volta de muitos livros infanto-juvenis para deliciosas leituras, em família, a escolher os interessantes para adaptações do texto para montagem das peças que encenávamos com nosso teatro de fantoches ... Eram momentos de muita afetividade... Nos ensaios, às vezes, acontecia alguma briguinha, coisas do humor... Ah! Mas, às vezes, o papai e os irmãos chegavam quietos sentavam no sofá e quando terminávamos e saíamos de trás do palco, éramos surpreendidos com os aplausos e os elogios deles. Que maravilhosa é a vida! Quero lembrar, sei que tem muito mais, mas não vejo minhas lembranças... Onde estão minhas lembranças? Preciso garimpar fundo, quero lembrar mais daqueles dias de infância de minhas crianças, mas o vazio alcança a minha memória e muita coisa que aconteceu já não vejo mais... Deveria ter registrado, deveria ter colocado a câmera em todos os cantos da casa, pois, assim, hoje, eu poderia alimentar minha memória com essas lembranças cobertas pela neblina do tempo.
Hoje, vejo acontecer novamente com meus netos a alegria de levar às mães seus presentes feitos na escola, homenagens ricas de capricho e amor. O segundo domingo de maio é mágico para os filhos e para as mães. Ser acordada com o café chegando em uma linda bandeja, enfeitada com uma flor e deliciosas guloseimas, trazidas por mãozinhas ainda tão pequenas. Vejo os meus netos planejando as surpresas para as mães... Vejo repetir nossas próprias histórias desses maravilhosos momentos que já foram meus, repetir-se com minhas filhas e minhas noras. A saudade-dor abranda com os carinhos e os beijos dos meus dez netos quando, pessoalmente, ou por chamada de vídeo, vejo aqueles olhinhos brilhando de alegria dizendo: “Feliz dia das mães, vovó!”; “Você é minha mãe duas vezes, sabia?!” ; “Eu te amo, vovó!” “Vovó, você é a melhor vó do mundo!”
A saudade-dor não desaparece. A gente sente isso, pois nossas lembranças estão misturadas, confusas, esquecidas de detalhes porque nos vão restando o amor, a certeza de muitos momentos maravilhosos cheios de afetividades e as vontades impossíveis de dar um colo, de dar o banho, de arrumá-los com roupinhas lindas, pentear seus cabelos, ouvir suas vozes e suas falas, de seus carinhos, de abraçá-los e beijá-los muito, de cuidar daquele ser que depende de seus cuidados, afinal, quem ama, cuida. Assim, a saudade cresce repleta de amor... E dói! Porque o tempo continua passando e as lembranças de momentos juntos vão se rareando, mas o amor e a certeza de que ele alimenta o nosso coração e nos une permanece eternamente.
No Jardim da Vovó
Dôra Monnerat/22 de dezembro de 2016
Uma borboleta!
Duas Borboletas!
Três... É rosa!
Laura olha alegremente
E a borboleta rosa voa de repente,
Laura dança com a borboleta...
Clarinha escolhe a amarela
Que ela afirma ser a dela e brinca com ela.
Maria gostou da azul,
Suas asas são como seus olhos,
dois miosótis, flores delicadas
popularmente denominadas
“não me esqueças” ...
Dança também Manuela e a branca borboleta,
Menina risonha, menina travessa
que está descobrindo as letras e gosta de brincar
A do le tá! Onde as borboletas irão pousar?!
Pela porta a branca borboleta entra a bailar
Com suas asas de paz voa a observar
Observa Aline que brinca com seus brinquedos
em seu mundo de encantar.
A borboleta amarela entra pela janela
E sem cerimônia vai no livro pousar
Livro cuja história, Elisa está a devorar ...
Da sala ao lado linda melodia vem convidar
Ao piano, a talentosa Elena a tocar!
A linda borboleta de asa lilás rendada de cor preta
Pousa em seu dedo a dedilhar ...
Brancas e pretas teclas sonoras soltam notas pelo ar
Esta borboleta quer participar...
Essas borboletas são a vovó Dôra, que como todas as vovós, é amor de amar.
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Os Três Mosqueteiros da Vovó
Dôra Monnerat/03 de julho de 2019
Três mosqueteiros lutam no Jardim
Mateus, Antônio e João
Brincam de matar dragão.
A vovó observa a se encantar... as vezes é a rainha que o dragão quer devorar
Outras vezes a bruxa dona do dragão a atacar...
- Do que brincar agora?! Pergunta o Antônio,
Que sugere futebol
Vão os três para o campinho
Brincam com a bola, jogam muito viram craques sem igual.
A vovó feliz a contemplar... as vezes fica no gol para o time completar
Outras vezes vai pro banco para o jogo irradiar...
- Do que brincar agora?! Pergunta o Mateus
Que sugere desenhar!
Criam lindos desenhos e vão lanchar.
A vovó orgulhosa a admirar... as vezes desenha também
Mas prefere pintar, pois os netos, bem melhor, sabem desenhar...
- Do que brincar agora?! Pergunta o João.
Que sugere brincar de cantar.
E pega a sua viola canta e dança, dá um show...
Consegue a todos contagiar.
A vovó, repleta de carinho a amar, dança também,
E ela com seu jeito engraçado, dança como ninguém...
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Escrever é semear palavras... espera-se um tempo elas germinam, brotam-se os livros...
e essas palavras sementes, regadas por diversos olhares, formam diversos jardins...
Leitura nos dá prazer! Escrita nos faz Florescer!
Dôra Monnerat/Maio de 2018
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